Mitos relacionados à gestão de pessoas são muito comuns no universo corporativo. Essa tendência se explica devido à diversidade de enfoques que a área organizacional possui, incluindo áreas como Administração e Comunicação até Psicologia e Filosofia.
Logo, quando buscamos explicações sobre o que influencia de fato o comportamento humano no trabalho, fica fácil cair em ciladas e acreditar em afirmações que já foram superadas.
Por isso, separamos 4 mitos bastante falados sobre gestão de pessoas que podem dificultar o entendimento de gestores e equipe.
1. A remuneração é o fator principal na motivação
Não é verdade. Essa ideia equivocada sobre a motivação humana já foi superada há pelo menos três décadas, a partir da pirâmide de Maslow.
Através de inúmeras pesquisas importantes na área organizacional foram demonstradas outras variáveis mais importantes da motivação humana que a recompensa financeira.
Podemos destacar, como exemplos, os vínculos que se estabelecem no trabalho, os recursos disponíveis, a preocupação em oferecer um ambiente motivador, entre outras características.
Reconhece-se a importância de uma remuneração compatível com as funções e com o mercado, porém, esse fator não é suficiente para engajar o colaborador, mantê-lo produtivo e satisfeito com o trabalho.
2. Modelos modernos de gestão de pessoas custam caro
Essa noção distorcida está atrelada ao que se entende por moderno. Muitas pessoas acham que quanto mais caro for e mais tecnologias estiverem envolvidas, mais moderno será um procedimento. Porém, isso não caracteriza necessariamente algo inovador.
A escolha por uma metodologia pouco utilizada e promissora já é uma atitude inovadora e pode colocar a empresa à frente da concorrência. O ponto principal nesse tipo de escolha é verificar se o método é compatível com as necessidades da empresa.
Caso ele atenda às necessidades e otimize o processo de gestão, já pode se tornar uma metodologia adotada pela organização.
3. Gerenciar pessoas é função do RH
Hoje, a noção de RH está se transformando cada vez mais, sendo a ideia central dessa mudança o papel estratégico que ele passa a ocupar. Nesse sentido, sua atuação é em forma de parceria com os outros setores e, não, mais “aquele único setor que entende de pessoas”.
À medida que ele não é mais o único responsável pelo desenvolvimento dos colaboradores da empresa, gestores de todos as áreas passam a ter essa responsabilidade.
Percebe-se que uma liderança completa precisa unir conhecimento e habilidades interpessoais, como comunicação assertiva, visão de futuro, empatia, autoconhecimento, entre outras habilidades que precisam ser desenvolvidas por qualquer um que gerencie uma equipe.
4. Liderança não se aprende
Esse é um mito bastante difundido entre o senso comum. Pessoas tentam se convencer e convencer as outras que possuem um perfil nato de liderança. Porém, quem conhece um pouco mais sobre o tema, sabe que isso não existe.
Já é consenso no meio científico que as características de liderança podem ser aprendidas. Algumas pessoas desenvolvem mais que outras devido à sua história de vida, educação e, até mesmo, o que é muito importante, à situação que elas se encontram.
Quando o indivíduo domina determinada função, por exemplo, existe uma tendência maior que ele ocupe uma posição de líder em relação aos demais. O contrário também pode ocorrer, quando ele não conhece a atividade a ser desempenhada.
E você, conhece outro mito sobre gestão de pessoas? Deixe um comentário neste post e compartilhe seu conhecimento!